Olá pessoal,
Já é hora de voltar às atividades, não é mesmo?
Essas últimas duas semanas (9 a 20 de Janeiro) fazem parte de um período
reservado para os exames, que correspondem às nossas provas finais no Brasil. E
durante esse período eu tive duas provas, uma de Literatura Portuguesa 3 no dia
12 e uma de Literatura Infanto-juvenil no dia seguinte.
Até hoje quase todas as minhas notas já saíram, menos a de Inglês. Aqui
em Portugal as notas vão de 0 a 20 e você precisa de uma média mínima de 10
para passar. As minhas ficaram entre 14 e 18, por isso não precisarei ir
a recurso, que é quando os alunos não alcançam nota suficiente nas avaliações
regulares, e que corresponde ao nosso exame. O período de recurso vai do dia 26
de Janeiro a 08 de Fevereiro e este período letivo acaba se tornando mais uns
dias de férias para quem estudou durante o semestre e não vai precisar
fazer outras provas. As aulas voltam em 13 de Fevereiro.
Como eu tive provas finais apenas nos dias 12 e 13 de Janeiro, resolvi
aproveitar a semana seguinte e o convidativo preço das passagens aéreas e tirar
alguns dias de folga em uma das ilhas dos Açores. O meu destino foi a ilha
Terceira, uma ilha importante na época das navegações, onde até mesmo Vasco da
Gama aportou em 1498 no seu retorno da Índia.
O arquipélago dos Açores faz parte de Portugal, assim como a ilha da
Madeira. Ele é constituído de nove ilhas divididas em três grupos: o grupo
ocidental (Corvo e Flores), central (São Jorge, Terceira, Faial, Graciosa,
Pico) e o grupo oriental que é constituído pelas ilhas Santa Maria e São Miguel.
Os Açores são muito conhecidos pela sua natureza, cultura, produção de carne e
queijo e artesanato locais.
A ilha Terceira possui diversas atividades para as pessoas que pretendem
entrar em contato com a natureza, seja no mar, em terra ou até no ar, por
exemplo, observar baleias e golfinhos, mergulhar, visitar grutas e vulcões,
praticar surf, montanhismo ou asa delta.
Bom, agora vou contar um pouquinho da minha experiência nessa simpática
ilha. Inicialmente era pra eu ter ficado apenas quatro dias, mas houve um
imprevisto (lê-se mergulho) e eu tive que ficar alguns mais. Visitei Praia da
Vitória, que é uma cidade pacata, mas muito bonita. Passeei pela cidade e vi as
construções antigas, os parques e as igrejas. Aproveitei também para me
desconectar, descansar e ler.
Conheci também Angra do Heroísmo, que é a principal cidade da ilha e que
devido sua importância histórica e cultural é considerada Patrimônio da
Humanidade pela Unesco. Lá fiz a trilha do Monte Brasil, onde existe uma vista
deslumbrante da cidade e do mar, inclusive pode se ver a ilha São Jorge. É
muito lindo!!
Além disso, também quis experimentar mergulhar, uma coisa que eu nunca
tinha feito. Foi uma experiência muito legal e engraçada vestir aqueles trajes
e o pesadíssimo equipamento. Os instrutores nos dão algumas coordenadas, como,
por exemplo, caso haja problemas. Eu mergulhei durante vinte minutos até que entrou
água por onde eu respirava, o que, inicialmente, não constitui um problema já
que ele me mostrou o que fazer caso isso acontecesse, mas eu me desesperei e
pedi para subir de volta à superfície. Na hora é muito estranho porque você não
consegue respirar e só o que existe é água e mais água, mas contando agora dou
boas risadas. (rs)
No sábado à tarde houve a marcha das mulheres que estava acontecendo por
todo o mundo e que, por acaso, fiquei sabendo que aconteceria ali na praça
velha da cidade e então, fui participar. Também foi uma experiência incrível, e
apesar de eu geralmente não me manifestar ou participar de protestos, me
identifiquei com a causa.
No último dia, já no fim da viagem, fiz um dos vários percursos
pedestres que existem pela ilha. O tempo não estava muito bom, estava nublado e
com ventos, mas com certeza valeu a pena por todas as belas paisagens do campo
e das formações rochosas da costa. Algumas vezes me deparei com vacas pastando
em cercados de pedras e elas ficavam me olhando e mugindo, o que me deixou
bastante com medo, afinal estava lá sozinha, longe da vila de São Sebastião de
onde eu tinha partido e quase sendo levada pelo vento, mas no fim deu tudo
certo. (rs)
Mas você deve estar se perguntando: o mergulho foi seu imprevisto? Sim.
O meu voo estava marcado para o mesmo dia à noite e só depois que eu já havia
mergulhado a moça me disse que eu teria de esperar 12 horas para voar porque se
eu me expusesse a uma dada altitude o nitrogênio que ainda estava no meu corpo
poderia causar uma doença "descompressiva". Já fica a dica, então!
(rs)
Essas foram algumas das aventuras da minha
solitária viagem. Agora volto a escrever regularmente no blog. Até a próxima
semana! :D
Fotos da
viagem:
https://drive.google.com/open?id=0B3slSiey7ij0d2RFX3NrNkpVN1k
https://drive.google.com/open?id=0B3slSiey7ij0d2RFX3NrNkpVN1k
Que demais! Meus sinceros votos de mais ares, maiores inspirações e movimentos!! Obrigado por dividir a experiência....
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